Samir Xaud é eleito o novo presidente da CBF. 2b4549

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Na manhã do último domingo, 25 de maio, o futebol brasileiro conheceu seu novo comandante: Samir Xaud, advogado de 41 anos e natural de Boa Vista, Roraima, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o ciclo de 2025 a 2029. A eleição ocorreu na sede da entidade, no Rio de Janeiro, com uma única chapa registrada  “Futebol para Todos: Transparência, Inclusão e Modernização”.

Sem surpresas, Xaud foi aclamado com 103 votos entre os 146 possíveis, em um pleito que teve a participação de apenas 46 votantes. A baixa presença já levanta dúvidas sobre o engajamento e representatividade da votação.

A nova diretoria chega sob a promessa de uma gestão marcada por “renovação de ideias” e maior “inclusão”, mas a composição da chapa sinaliza algo diferente. A lista dos oito vice-presidentes inclui nomes já conhecidos nos bastidores do futebol nacional, como Fernando Sarney e Flávio Zveiter  sobrenomes que há tempos orbitam os corredores da CBF.

Entre os apoiadores, estão 26 federações estaduais, a maioria delas tradicionalmente alinhada ao poder central da entidade. Do lado dos clubes, destaque para Botafogo, Grêmio, Palmeiras e Vasco, além de representantes emergentes como o Amazonas e o Volta Redonda. A presença dessas instituições mostra a busca de Xaud por apoio amplo  ou ao menos, pelo verniz da unidade.

O discurso pós-eleição trouxe o tom conciliador esperado: “Nossa gestão, e faço questão de usar o plural, será marcada pela renovação das ideias e pela agregação de todos aqueles dispostos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento pleno do nosso esporte”, disse o novo presidente.

Mas é preciso ir além das palavras. O futebol brasileiro, mergulhado em desafios estruturais, precisa mais do que promessas. Transparência, inclusão e modernização são pilares essenciais — mas que exigem ações concretas e coragem para enfrentar um sistema historicamente opaco, politizado e resistente a mudanças.

Samir Xaud tem agora a missão  e a responsabilidade  de mostrar que não é apenas mais um nome no comando de uma estrutura que se reinventa pouco e sobrevive muito das mesmas práticas. O torcedor e o futebol brasileiro, cansados de escândalos e retrocessos, aguardam  ainda que com ceticismo por um novo capítulo de verdade.

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